O que é Capital (Economia)? - Explicação com Diablo (Game)


Nos jogos da série Diablo, RPG de ação e fantasia sombria, para derrotar os demônios do Inferno Ardente, o jogador acumula poder na forma de habilidades, equipamentos, jóias, armas e etc. Esses recursos são administrados e empregados para produzir um personagem cada vez mais poderoso, capaz de enfrentar as hordas mais terríveis do inferno. Tal desenvolvimento (build) produz números cada vez mais altos de ataque e defesa. Esse processo é semelhante ao conceito de Capital na Economia, que de tão importante dá nome ao nosso sistema econômico: o Capitalismo. Capital é dinheiro usado para gerar mais dinheiro, riqueza que gera mais riqueza. Capital envolve acumulação, recursos e também poder. Nesta postagem, vamos explicar o que é Capital de uma forma lúdica: através da sua semelhança com o build do famoso jogo Diablo.


AULA DE ECONOMIA COM VIDEOGAME

O primeiro jogo da icônica franquia Diablo foi lançado em 1997; seu sucessor, Diablo II, é de 2001. Para propósitos de educação com videogames, aquele período foi antecedido por diversas transformações: crescimento econômico, aumento do poder de compra para muitas famílias, novos aparelhos eletrônicos, cultura de consumo em massa, diversas novidades domésticas disponíveis no mercado e um mundo em constante transformação. Os anos 1980 e 1990 foram a época da popularização de eletrônicos como o videocassete, o walkman, as câmeras Polaroid (que imprimiam fotos instantaneamente), os computadores pessoais, o Super Nintendo, o Playstation, o Game Boy, o Tamagotchi (bichinho virtual), o Discman (reprodutor portátil de CDs) e os celulares "tijolão" e flip. Na informática, os sistemas operacionais Windows 95/98, o Linux, a internet e o começo da computação em nuvem criaram um mundo de possibilidades. Nesse ambiente, os produtores viveram, imaginaram e desenvolveram o jogo Diablo.

A Blizzard North, produtora original de Diablo, fica em Irvine, na Califórnia, o estado mais rico dos Estados Unidos, local em que essas transformações econômicas foram mais profundamente sentidas, próxima ao Vale do Silício, um dos grandes centros que impulsionaram essa revolução tecnológica. Esse clima de constante transformação econômica, cheio de novidades na área da tecnologia e possibilidades de crescimento, deve ter inspirado muitos desenvolvedores de games a incorporar mecânicas de disciplinas como Economia, Administração e Gestão do mundo real para o mundo dos games, pois a vida real serve de inspiração para os jogos eletrônicos de diversas formas. No caso de Diablo, veremos como o desenvolvimento do personagem (build) se assemelha com o conceito de Capital na Economia.


SOCIEDADE & VIDEOGAMES

A seção Sociedade & Videogames do Mapa do GamesVida se dedica a explorar as influências que áreas como a Economia têm nos games. A maioria dos desenvolvedores de Diablo nasceu durante o final do Estado de Bem-Estar Social (1945-1970) e criou a franquia durante o Neoliberalismo (1970 - Século XXI). Esse mundo em que tantas transformações econômicas floresciam, com tantas novidades e desafios, gerou o clima perfeito para que as novidades da Economia no mundo real influenciassem mecânicas de economia in-game. Esta postagem é uma aula de Economia com Diablo que ensina três coisas. Primeiro: O que é Capital e qual a sua semelhança com a mecânica de build do jogo? Segundo: Quais são as principais críticas ao Capital? Terceiro: Como o jogo Diablo consegue representar as transformações e desafios que o Capital trouxe ao nosso tempo?



DEFINIÇÃO DE CAPITAL

Basicamente, o conceito de Capital na Economia é: riqueza acumulada que é usada para produzir mais riqueza, essencialmente, dinheiro investido para gerar mais dinheiro. Essa riqueza deve necessariamente ter condições de gerar mais riqueza, se uma pessoa tem recursos apenas para subsistência, ou seja, apenas para se sustentar e se manter, isso não é capital. É preciso mais, é preciso ter condição de entrar efetivamente em um mercado competitivo - ter um mínimo de eficiência para competir e fazer da riqueza, investimento para mais riqueza. Dinheiro que só paga o sustento e não sobra mais nada, não é capital. Esse conceito é tão central que dá nome ao nosso sistema econômico: o Capitalismo. Capital e Capitalismo transformaram para sempre o nosso mundo. Mas o que isso tudo tem a ver com Diablo, o icônico RPG da Blizzard?


CAPITAL E DIABLO

Para começo de conversa, muitos jogos eletrônicos apresentam uma sofisticada economia in-game. O gênero de jogos RPG, em especial, contém economias que variam em sofisticação de acordo com cada jogo. Nos games RPGs, em especial em Diablo, existe um elemento que guarda muitas semelhanças com o conceito de capital na economia: é o build, a construção de um personagem poderoso, mais bem preparado para enfrentar os níveis mais altos de dificuldade. Tudo o que falamos até agora sobre o conceito de capital na economia, também vale, de algum modo, para o build dos jogos RPG eletrônicos. Diablo, em especial, é uma importante série que ajudou a escrever a história dos RPGs de ação, conhecido por seu ambiente forte, câmera isométrica e sistema de build (personalização e administração de recursos) característico.


CAPITAL É ACUMULAÇÃO

A semelhança entre build e capital fica mais fácil de ser compreendida se você notar que dinheiro e riqueza são formas de recurso. Em Diablo, suas armas, equipamentos, XP e habilidades também são recursos empregados para enfrentar os desafios do jogo. Tanto o build quanto o capital envolvem a acumulação gradual de recursos. Em Diablo, o jogador acumula XP, ouro, equipamentos e habilidades; no capital, o que se acumula é dinheiro e qualquer forma de riqueza. Capital e build são ambos processos de acumulação gradual de recursos. Esse processo de acumulação é cíclico e, se bem-sucedido, leva a um crescimento exponencial. Após um investimento bem-sucedido, com altos retornos, o capitalista deseja investir mais para lucrar mais. O jogador de Diablo, após encontrar equipamentos melhores, deseja enfrentar desafios maiores e ser recompensado com tesouros ainda maiores. Capital e build são ciclos de acumulação. Em Diablo, o ciclo envolve os recursos do jogo para derrotar inimigos mais fortes e obter melhores recompensas. Na economia, o ciclo envolve empresas reinvestindo seus lucros para expandir a produção e gerar mais riqueza, buscando sempre aumentar seus lucros.


CAPITAL É PODER

Outra semelhança interessante é que tanto o build quanto o capital são formas de poder, já que a riqueza é uma forma de poder. Um personagem com um build forte é mais poderoso, assim como uma empresa com grande capital tem mais influência na economia e na política. O acúmulo de recursos em Diablo se expressa em números cada vez maiores de ataque e defesa; ao longo do jogo, o crescimento de poder do personagem é muito significativo. A diferença de poder entre o personagem do início e o personagem depois de dezenas de horas de gameplay é muito grande. E se está claro que um bom build é uma forma de poder em Diablo, quanto ao capital, o acúmulo de riqueza se reveste de poder de diversas formas: notadamente, fala-se em poder de compra quando se quer mensurar a capacidade de adquirir recursos. E mais do que isso, o poder econômico também pode ser empregado para influenciar, patrocinar e investir em causas e objetivos. Geralmente, o poder econômico se transforma em influência política, uma vez que o indivíduo ou empresa tenderá a defender seus interesses da forma como puder. Tanto o build quanto o capital são poder.



CARACTERÍSTICAS DO CAPITAL

Além de acumulação e poder, outras características do capital que também estão presentes no build de Diablo são as seguintes:


Investimento

Uma característica básica do investimento é que você gasta com o objetivo de receber mais. O investimento é uma característica fundamental do capital e, portanto, do Capitalismo. Ao investir, a pessoa espera obter um lucro ou, melhor ainda, uma fonte de lucro. Investir é gastar para receber. Na Economia, o capital é investido com a intenção de alcançar resultados lucrativos. Em Diablo, para montar sua build, você investe tempo jogando, então recebe recompensas em equipamentos e habilidades. Você as equipa e seu personagem fica mais forte. Seu investimento em tempo de jogo resulta em lucros na forma de ouro, XP, equipamentos e habilidades. Isso fica mais claro quando você aumenta o nível de dificuldade, jogando em uma dificuldade Suplício superior, você investe em um jogo mais difícil, mas com recompensas mais altas. Isso é investir no seu build! No entanto, jogar na dificuldade Suplício é mais arriscado, os desafios são maiores, é mais fácil morrer.


Risco

Esta é outra característica do Capital: o investimento tem seus riscos. O Capitalismo apresenta ciclos de sucesso, crise e reforma. Capitalistas investem, mas um investimento pode não ser bem sucedido, resultando na perda de recursos. Empresas podem ter prejuízos e até falir. Em Diablo, você pode não conseguir vencer desafios mais exigentes, morrendo diversas vezes. Se decidir entrar em áreas muito difíceis em busca de altas recompensas, você pode não conseguir manter seu personagem vivo, sendo obrigado a retornar para locais mais seguros. O modo Hardcore é ainda mais radical: você começa um novo jogo, mas pode perder tudo, pois, nesse modo, a morte é permanente! É uma jornada arriscada com friozinho na barriga pelo medo de morrer. Quanto ao capitalismo, no seu desenvolvimento histórico, leis e Instituições foram estabelecidas para proteger os investimentos de certos riscos.


Propriedade

O personagem é seu, você escolhe a classe, o sexo, o nome, seleciona os equipamentos e as habilidade. É com as suas escolhas que você faz o build em Diablo, podemos dizer que o personagem é sua propriedade. Quanto ao capital, é justamente essa característica, a propriedade, que permite ao capitalista fazer o que quiser com os seus recursos. Já que a propriedade é do capitalista, ele tem todo o interesse em melhorá-la, maximizando seus lucros. Existe ainda outro fator importante, a propriedade é protegida pela lei, dessa forma, o capitalista tem interesse em investir no que é seu, melhorando sua vida, e tem algum grau de proteção contra riscos, pois como a propriedade é protegida pelo Estado, o capitalista tem proteção contra roubo na Constituição.

Vimos que uma das características do capital é o investimento, e que o empreendimento capitalista apresenta riscos, a propriedade privada ajuda a suportar essas duas outras características (porém ainda sobram outros riscos não cobertos pela propriedade). A propriedade é considerada um dos elementos mais fundamentais do capitalismo. Quanto a Diablo, ninguém interfere nas suas decisões em relação ao seu build, no máximo, você procura, por decisão própria, algumas dicas. O build é seu e o jogo é seu, você faz o que quiser. O personagem é sua propriedade, você pode inclusive excluí-lo e criar outro.



Escala Mínima Eficiente

Para ser considerado capital, um recurso deve ser capaz de ser incorporado em uma escala que lhe permita competir eficientemente em uma economia real. Nem todos os recursos se qualificam como capital, é preciso haver possibilidade de acumulação em um mercado competitivo, precisa ter um mínimo de eficiência para gerar lucros. Essa diferenciação é muito importante, uma pessoa pode ter recursos apenas para a própria subsistência, sem possibilidade de acumulação e crescimento, isso não é considerado capital, pois não possui uma escala mínima eficiente para investir em um mercado competitivo. É a situação em que você tem dinheiro, mas não tem o suficiente para investir em uma melhoria de vida.

Em Diablo, nem todo equipamento ou habilidade torna o seu personagem realmente mais poderoso, o segredo do verdadeiro build é quando você consegue se equipar de uma forma precisa, encontrando itens, armas e armaduras que realmente fazem a diferença para uma combinação de bônus de ataques e capacidades defensivas, fazendo com que o seu personagem tenha um significativo aumento de poder para esmagar hordas de demônios. Geralmente, um conjunto de armas e equipamentos lendários somado a uma combinação de habilidades gera esse build, que é seguido de uma sensação de poder. Ou seja, não basta achar um equipamento novo, tem que ser um bom equipamento que faça a diferença para enfrentar demônios.


Capital Aberto

Em Diablo, você tem a possibilidade de se juntar a outros jogadores para somar esforços e, dessa forma, explorar desafios maiores para receber recompensas maiores. Diablo permite jogo em cooperação online e offline (com tela dividida). É um soma de builds (personagens) com o objetivo de formar um grupo forte, ou simplesmente jogar com os amigos, para explorar masmorras em busca de recompensas de uma forma mais eficiente do que se o jogo fosse feito no modo solo. É uma opção divertida e bastante característica de Diablo, pode juntar builds e classes completamente diferentes, que se complementam. Essa mecânica em Diablo é semelhante a juntar investimentos em uma empresa de capital aberto - como uma cooperação entre investidores ou uma busca de investidores.


CRÍTICA DO CAPITAL

A dinâmica do Capital tem consequências graves, e elas podem ser bastante significativas, nisso também podemos encontrar semelhanças com o jogo Diablo da Blizzard. No final da expansão Reaper of Souls, o ATO V de Diablo III, quando o jogador (nefalem) derrota o chefão Maltael, o anjo Tyrael diz o seguinte:


"O nefalem conseguiu o impossível. Ao derrotar a morte, ele redimiu os anjos… e salvou a humanidade. Naquele momento, com a vitória iminente, eu vi o nefalem de outra maneira. Ele é um herói que pode derrotar os campeões do paraíso e do inferno, e um bárbaro que protege os inocentes. Mas dentro dele bate um coração mortal… que um dia será tentado pela corrupção. Nesse dia, terá ele a força para resistir? Ou se tornará a nossa ruína?"


Isso significa que, ao longo do game, o jogador acumula um imenso poder, mas esse poder, tentado pela corrupção de Diablo, pode se tornar a destruição da humanidade. O Capital também nos coloca imensos desafios:



Destruição de Povos e Culturas

O crescimento econômico, impulsionado pelo capital, pode ter feito avançar o progresso tecnológico, trazendo muitos benefícios em áreas como medicina, telecomunicações, entretenimento e informática. No entanto, em busca de recursos e mercado, aumentou muito o poder de destruição na área militar, potencializando a capacidade de subjugar pela guerra aqueles com tecnologia menos sofisticada. Isso produziu novos níveis de sofrimento, além da capacidade de destruir povos e culturas, o que foi especialmente traumático durante o Imperialismo do Século XIX, quando potências europeias subjugaram várias partes do globo. E no Século XX, quando essas mesmas potências se chocaram entre si na Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918) e na Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945). Em ambos os casos, o choque se estendeu a níveis geograficamente bem mais amplos do que o continente europeu, e o resultado foi a maior destruição já vista pela humanidade.

As novas máquinas de guerra possuem o poder de arrasar cidades inteiras em instantes. A bomba atômica, em especial, ameaça a nossa existência se for empregada em um conflito total entre as superpotências nucleares. O moderno arsenal militar aumenta o poder de dominação pela força, torna os conflitos mais sangrentos em número de baixas, intensifica o nível de sofrimento, a escala de destruição e facilita aos tiranos o extermínio de povos e culturas.


Colapso Ambiental

Quando a Revolução Industrial transformou nosso mundo, inaugurando a Era do Capital, as novas indústrias passaram a produzir uma quantidade enorme de mercadorias, superando tudo o que havia sido visto até então em termos de quantidade de produtos. No entanto, a busca incessante por crescimento econômico e lucro, característica do Capitalismo, ignora os custos ambientais. Toneladas de lixo, poluição, produtos tóxicos e diversos resíduos foram despejados em rios, lagos, oceanos, solo, atmosfera, áreas urbanas e rurais, etc. Diversas florestas e outros ambientes naturais foram destruídos para servir aos propósitos da indústria, em um empreendimento capitalista que visava o crescimento econômico. Desde então, o impacto ambiental da ação humana se intensificou, gerando a atual crise ambiental, marcada pela destruição da biodiversidade e degradação de sistemas ecológicos. São características dessa crise a poluição da água e do ar; o aumento da temperatura; o aumento da acidez dos oceanos; a degradação do solo e das paisagens; a exploração predatória de recursos finitos; o desequilíbrio de ecossistemas; a intensificação de desastres naturais; e o deslocamento de populações.

A ação humana sempre modificou o meio ambiente. A novidade do capitalismo foi impulsionar o ritmo do impacto ambiental, colocando em xeque o equilíbrio de ecossistemas a um nível mundial, algo inédito para uma espécie, com consequências imprevistas e perda de grande parte da biodiversidade. Não é algo que vai acontecer, mas que já está acontecendo e pode se tornar irrefreável. No passado, somente grandes desastres naturais foram capazes de causar um impacto ambiental tão alarmante, como o meteoro que contribuiu para a extinção dos dinossauros. Para a vida na Terra, esse evento foi ainda mais trágico do que o nosso, de causa humana. É a primeira vez em nosso planeta que uma espécie, o Homo sapiens, é capaz de causar um impacto tão grande. Por isso, alguns cientistas chamam nosso período geológico de Antropoceno – período em que a maior parte da modificação na superfície terrestre é causada pelo homem.


Conflitos Sociais

A pressão para maximizar os lucros leva à exploração do trabalho quando o capital é aplicado somente no interesse do capitalista. Para aumentar o faturamento, o capitalista tende a remunerar o empregado com salários mais baixos, jornadas mais longas, condições de trabalho precárias e falta de segurança no emprego. Tudo isso para que o investimento do capital tenha um maior retorno, reservando menores custos para a remuneração dos empregados, condições de trabalho nas empresas e tudo aquilo que não seja estritamente necessário ao rendimento do capital. Foi para mitigar essa lógica que foi elaborada uma legislação em defesa do trabalhador desde a Revolução Industrial; no entanto, é comum encontrar, em muitos lugares, péssimas condições de trabalho.

O conflito entre capital e trabalho é um dos maiores combustíveis da disputa política nos dias de hoje, uma vez que criar um empreendimento (capital) e remunerar empregados (trabalho) nem sempre ocorre de forma harmônica, sendo intrinsecamente presentes diversos conflitos, alguns de natureza bem grave. A dinâmica de acumulação do capital leva à concentração de riqueza nas mãos de poucos, resultando em diferenças gritantes de renda, patrimônio, educação, saúde, condições de vida e oportunidades. Além disso, existe o fenômeno da alienação: rotinas de trabalho sob pressão levam à desmotivação, falta de propósito e impacto negativo na saúde mental.

Em suma, pensando em termos de direitos humanos, igualdade de oportunidades e condições de vida, existem dinâmicas intrínsecas ao capital, notadamente a busca e até necessidade de maximização dos lucros que tendem a gerar exploração social.



FINISH IT!


Quanto mais você se fortalece para caçar tesouros em níveis mais altos de dificuldade, não somente o seu personagem é mais poderoso como também o são os demônios do inferno ardente. O seu poder aumenta, mas o mal está mais forte, seus inimigos estão mais terríveis. Você quer mais recompensas, mas para isso, precisa enfrentar demônios em níveis mais elevados. O seu jogo é lidar com esta tensão: o poder do seu personagem e o poder destrutivo dos demônios do inferno. Da mesma forma, o capital, a sede pelo lucro, tem um enorme poder criador, para gerar progresso em termos de crescimento econômico, populacional e avanços na tecnologia; mas também destruidor, para acabar com o meio ambiente, a biodiversidade, explorar e assassinar povos e culturas. Tanto o build de Diablo quanto o capital possuem uma gigantesca capacidade de criar e destruir. Lidar com as transformações e desafios do Capital é um dos maiores desafios do nosso tempo. Quanto aos problemas, lembrando do que disse o Arcanjo Tyrael, no final da expansão de Diablo III: teremos “força para resistir”? Ou o Capital “se tornará a nossa ruína?”.


O VIDEOGAME COMO ARTE E JOGO

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[GAME OVER]

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